Muitos motoristas acreditam que o cinto é necessário somente nas estradas, mas o que existe é muita desinformação sobre o seu uso. As razões citadas para a não utilização deste item não tem qualquer apoio técnico, e são mitos que precisam ser derrubados, como o uso do Cinto de Segurança ser necessário apenas em alta velocidade e percursos longos, por exemplo.
As estatísticas provam justamente o contrário. Mais da metade dos acidentes de trânsito com mortes ocorre à velocidade igual ou inferior a 64 km/h. 65% dos acidentes fatais e 80% dos acidentes de trânsito em geral ocorrem num raio de 40 m do local de residência das vítimas. Este exemplo pode dar uma noção das consequências de um acidente a apenas 50 km/h. Numa colisão frontal com um poste ou outro obstáculo fixo, o impacto sobre o corpo será igual ao de uma queda do quarto andar de um prédio.
O Cinto é desconfortável? DISCUTÍVEL. O uso do cinto é uma questão de hábito e disciplina para sua adaptação, até o ponto em que pôr e tirar o cinto vira um ato mecânico. Depois de criado o hábito, a sensação é de segurança e não de incômodo. O cinto mantém o corpo na posição correta e dá maior estabilidade nas curvas e freadas. O modelo mais moderno, cinto de três pontos retrátil, é fácil de manejar e deixa os movimentos livres, ao mesmo tempo em que age prontamente em situação de perigo. Se seu cinto não é deste tipo, vale a pena fazer a substituição. Compensa duplamente: pelo conforto e pela segurança.
O Cinto de Segurança é dispensável quando o motorista é cauteloso e respeita as leis. NÃO É VERDADE. Por mais cuidadoso que seja o motorista, ele não está sozinho no trânsito, nem está livre de imprevistos. E por mais experiência que tenha, não está livre de cometer erros. Pensar que os acidentes só acontecem com os outros (os apressadinhos, os iniciantes, os vingativos, etc.) pode ser reconfortante, mas é também muito perigoso.
A possibilidade de causar ou sofrer um acidente é uma realidade difícil de ser encarada, mas que está sempre presente na rotina de qualquer um de nós. Vencer esta barreira psicológica é o primeiro passo para adotar uma atitude positiva em relação ao cinto de segurança.