Raio é uma descarga elétrica muito intensa, que ocorre em certos tipos de nuvens e pode atingir o solo, causando prejuízos e ferindo pessoas. É consequência do rápido movimento de elétrons de um lugar para outro. Os elétrons movem-se tão rapidamente, que fazem o ar ao seu redor se iluminar (um clarão conhecido como relâmpago), aquecer-se, resultando num estrondo, o trovão.
A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é ínfima: apenas uma em um milhão. Em 30% dos casos, as vítimas morrem por parada cardíaca ou respiratória. Os 70% restantes costumam sofrer sequelas, como perda de memória e diminuição da capacidade de concentração. A incidência de descargas atmosféricas no país (o Brasil é o país com maior incidência no mundo: cerca de 100 milhões de raios por ano) matou mais de 100 pessoas em 2000.
Somente no verão de 2001, houve a incidência de cerca de 15.000 raios na cidade do Rio de Janeiro. A foto ao lado mostra um raio atraído pela imagem do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Os estados mais atingidos por raios são: Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, nesta ordem. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (que estuda os raios através Grupo de Eletricidade Atmosférica – ELAT – vide link, ao final), o fenômeno causa prejuízos de US$ 200 milhões ao Brasil. Os raios afetam as linhas de transmissão de energia, de telefonia, as indústrias; causam incêndios florestais e matam pessoas e animais.
Ao atingir uma pessoa, o raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e uma variedade de reações eletroquímicas. A chance de sobreviver é de apenas 2%. As pessoas também podem ser atingidas por correntes elétricas que se propagam no solo, a partir do ponto que o raio atingiu. São as chamadas descargas laterais.